Vou despir-me de querer estar e ser o que não faz falta.
Vou encostar-me no meu espaço e calar o que não interessa.
Vou caminhar mansamente,vou esquecer-me como se salta
para a vida de quem não nos quer. Sigo silenciosa e imersa
nas águas escuras do esquecimento.
Vou deixar-me nas marés desta vida sem me debater,
vou ser uma folha no vento, uma borboleta sem cor,
vou sem me revoltar, sem lutar, sem querer de nada saber.
vou ser uma monocromática paleta de um qualquer pintor,
uma pincelada rasgada sem era ou tempo.
Vou-me despir de quem sou, metamorfose de mulher,
vou ser tudo o que não foi nem sou, e será que o sei ser?
Vou vestir-me deste ano em 365 sonhos por colher,
por semear, por regar, sachar, adubar e ver crescer.
Vou apenas deixar-me embalar nas ondas de um novo vento.
Um local tranquilo onde os raios de lua, feitos palavras, lançam feitiços e enxugam lágrimas
terça-feira, janeiro 13, 2015
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3 comentários:
Querida Poetisa Paula Homem,
Do que passou é bom que se dispa de tudo.
Tem um novo ano à frente, 365 dias de sonhos que desejo se concretizem tornando-os realidade.
Feliz Ano de 2015 e muita inspiração poética para nos brindar com belos poemas.
Beijinho,
ZCH
Minha querida, vais ser, que o sejas, assim como o desejas, que os teus sonhos se realizem.
Beijinho no teu coração
Há um novo vento à tua espera...
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