terça-feira, setembro 26, 2006

DESERTOS


O vento do deserto abrasa,
passa assolando as nossas vidas,
e a chuva da ausência arrasa
as defesas mais encarnecidas.
Voltam os desejos loucos
nas fraquezas consentidas,
voltam os apelos roucos
e as lutas mais renhidas.
E o eterno e duro vento
sopra e devasta à passagem,
deixa o seu dorido lamento,
imprimindo escuridão na paisagem.
O vento do deserto voltou
uivando, rasgando-nos em estilhas,
e nos nossos corações ficou
a ansia de nova partilhas.

1 comentário:

Anónimo disse...

Quando sopra, o vento do deserto arrasa de facto e instala o deseto à sua passagem. Destrói tudo o que havia construido. Só não pode é impedir que limpos os escombros da sua destruição se possam fazer novas construções. Um beijinho minha amiga.

O TEMPO PERDIDO NÃO SE RECUPERA

As palavras lançadas não voltam atrás, o tempo perdido já não tem retorno e a vida esvai-se, no silêncio voraz. Fica o caminho, diluído, sem...